RCC Portugal, 17 anos de experiência em recrutamento internacional
A RCC Portugal tem dezassete anos de experiência a recrutar trabalhadores internacionais para vários sectores de atividade em Portugal. A cultura e os valores que implementam e defendem passam por fatores como empatia pelas pessoas que recrutam e pelas suas histórias, pelas relações próximas e de confiança que estabelecem com os clientes e ainda pelo acompanhamento contínuo que prestam ás empresas e aos trabalhadores. Rute Silva, CEO da RCC Portugal falou com o N360 sobre este trabalho desenvolvido.
Como decorre um recrutamento internacional de trabalhadores e quais as empresas que poderão optar por este modelo de contratação?
Reunimos os pedidos dos nossos clientes, empresas Portuguesas, e no país estrangeiro, três ou quatro vezes por ano publicitamos as ofertas de emprego para Portugal.
Através da nossa agência de emprego local, criamos dias informativos sobre Portugal e apresentamos as várias ofertas de emprego, nestes dias os cidadãos tailandeses têm a possibilidade de escolherem, mediante as suas experiências, qual a empresa em Portugal que pretendem trabalhar e fazem as suas candidaturas.
Depois existe a fase da seleção e da instrução da documentação para o pedido do visto indicado e durante este período de espera pelo visto, os cidadãos têm uma formação sobre a cultura portuguesa na sua generalidade, direitos e deveres dos trabalhadores em Portugal e também em alguns casos, formação sobre o tipo de atividade que vão desenvolver, tarefas e funções.
Este modelo foi criado por nós, apelidamos de imigração consciente e inicia-se na escolha consciente de cada cidadão e na sua decisão em imigrar.
Após a chegada a Portugal acompanhamos durante os meses seguintes as empresas e os trabalhadores, com um modelo de acolhimento e inserção próprios, com dois objetivos distintos; do lado da empresa é “libertar” os departamentos de RH da burocracia inerente a estas contratações e da parte do trabalhador, um acompanhamento continuo tendo como principal foco a autonomização destes cidadãos.
Podem optar por este modelo de contratação todas as empresas de vários setores, agricultura, hotelaria, indústria e construção, que tenham necessidade de recursos ou dificuldade em encontrarem recursos disponíveis/suficientes em território nacional
Sabemos que o alojamento é um fator crucial neste tipo de contratação, qual a atuação da RCC neste âmbito?
É essencial, primeiro porque estas pessoas quando chegam a Portugal, não têm referencias ou familiares e amigos para os auxiliarem a encontrar um local para viverem e depois também não dispõe de recursos financeiros para esse efeito, então se as empresas que os pretendem contratar criarem condições de alojamento dignas para oferecerem a estes cidadãos, durante o tempo em que vigorarem os contratos de trabalho ou até os trabalhadores se tornarem mais autónomos é uma mais valia.
A RCC também dispõe um serviço aos clientes que consiste numa auditoria mensal ou bimensal aos alojamentos dos trabalhadores, onde verificamos o estado de salubridade, manutenções e outros, com envio relatórios, para as empresas e trabalhadores.
Após a chegada dos trabalhadores a Portugal, quais os serviços que a RCC providencia para as empresas e para os trabalhadores?
Os serviços vão desde a receção dos trabalhadores à chegada e acompanhamento até aos alojamento,inscrição na AT, Segurança Social, SNS e auxílio na abertura de conta bancária, Serviços de tradução, organização da documentação e acompanhamento nas deslocações ao AIMA, ao médico ou a outros departamentos públicos. E ainda auditorias periódicas aos alojamentos e monotorização e acompanhamento constante de empresas e trabalhadores.Quais os temas que abordam nas vossas formações aos trabalhadores e nas empresas e com que periodicidade estas formações acontecem?
As nossas formações têm uma abordagem informativa aos trabalhadores e fazem parte do processo de inclusão que seguimos: falamos de segurança rodoviária e marítima, direitos e deveres dos trabalhadores, contratos de trabalho, planeamento familiar, violência doméstica, consumo de álcool e estupefacientes, separação de lixos e higiene nos alojamentos, zonas de trabalho e na sua generalidade, informação sobre documentação para alteração de cartas de condução, licenças de pesca lúdica e impostos. Também juntamos outras informações internas que trabalhamos com os nossos clientes e que façam sentido serem passadas aos grupos.O que é no vosso ponto de vista uma imigração consciente?
Uma imigração consciente consiste numa abordagem informada e responsável sobre o processo de imigração e acolhimento, disponibilizado integralmente ao trabalhador estrangeiro, para que a sua decisão de imigrar aconteça de uma forma plena, consciente e planeada.A imigração consciente não é a mobilização de cidadãos de um país para o outro, é um ato de responsabilidade tanto dos cidadãos estrangeiros/trabalhadores, quanto das empresas que os recebem e integram em Portugal.
Qual a missão da RCC?
É a promoção da imigração consciente que expliquei em cima. Acreditamos e trabalhamos para isso todos os dias, para que os trabalhadores estrangeiros decidam com informação e em consciência a sua vinda para Portugal e que aqui lhes sejam oferecidas condições dignas de permanência, que vão desde condições laborais, de alojamento, sociais e legais, para que aconteça uma troca justa para ambas as partes.