As nacionalidades dos trabalhadores imigrantes é um fator de elevada importância, nomeadamente no processo do acolhimento.
Um dos grandes benefícios que a RCC transporta para as empresas clientes é que só fazem recrutamentos na origem, de uma forma ética e responsável, seguindo o conceito de imigração, que incide primordialmente na informação completa que é passada aos trabalhadores estrangeiros que pretendem trabalhar em Portugal e posteriormente inserindo gradualmente estes trabalhadores de acordo com as peculiaridades de cada nacionalidade.

O recrutamento internacional, bem como os programas de acolhimento e inserção, são variáveis mediante as nacionalidades?

Sim são, o fator comum é somente se tratar de trabalhadores estrangeiros. Por exemplo, se um trabalhador chega a Portugal através de um visto de trabalho, o propósito do mesmo, é na grande maioria dos casos trabalhar durante um período em Portugal e posteriormente regressar ao seu país de origem e realizar os seus sonhos e objetivos pessoais. Muito à semelhança do que acontecia nos anos sessenta e setenta com muitos portugueses que imigraram para a Suíça e França, por exemplo.

Se um trabalhador procura Portugal para trabalhar, mas não chega com um visto adequado, o propósito altera-se, estamos perante uma imigração de sobrevivência. Habitualmente são cidadãos que chegam a Portugal sem nenhum tipo planeamento,  trabalho ou recurso financeiro. Este é o contexto migratório mais vulnerável e que merece uma maior atenção por parte dos empregadores e também das autoridades.

As nacionalidades dos trabalhadores imigrantes é um fator de elevada importância, nomeadamente no processo do acolhimento. Um dos grandes benefícios que a RCC transporta para as empresas clientes é que só fazemos recrutamentos na origem, de uma forma ética e responsável, seguindo o conceito de imigração, que incide primordialmente na informação completa que é passada aos trabalhadores estrangeiros que pretendem trabalhar em Portugal e posteriormente inserindo gradualmente estes trabalhadores de acordo com as peculiaridades de cada nacionalidade.

Como é que estes trabalhadores estrangeiros, com diferentes culturas e religiões se adaptam a viverem em alojamentos partilhados?

Também está repleta de mitos esta parte, compreender e respeitar as culturas de cada um e as religiões é tão e somente isso!! Nenhum de nós precisa de mudar ou de querer pertencer ao mundo do outro. Apenas respeitar.

Se existirem partilhas de refeitórios ou espaços comuns de lazer também é possível equilibrar de uma forma saudável e sustentável, para que todos partilhem os mesmos espaços em paz e com respeito.

A interveniência da RCC é o acompanhamento permanente aos grupos de trabalhadores, ouvimos as preocupações e duvidas dos trabalhadores e elaboramos planos de esclarecimento e informação para cada grupo de trabalhadores, tendo em conta as suas especificidades e as nacionalidades presentes.

Segundo a vossa experiência, em quanto tempo estes trabalhadores se tornam autónomos?

A autonomia é independência e também é respeito pela individualidade de cada um.

É importante que nos primeiros meses, se desenvolvam ações informativas generalizadas e também de língua portuguesa, que permitirão a estes trabalhadores estrangeiros um maior contacto e conhecimento do local onde vivem ,do nosso país, língua e cultura.

Falando e entendendo a língua portuguesa, mesmo que parcialmente, estes cidadãos poderão se mobilizar com maior facilidade, fazerem compras, irem à farmácia, visitar uma cidade, recorrer a um serviço de transportes públicos, habitualmente após o primeiro ano, a autonomia começa a surgir em determinadas ações no dia a dia,  de uma forma espontânea, seguindo o nosso modelo de acolhimento, inserção e autonomização.

Quais os grandes desafios que surgem na integração destes grupos de trabalhadores estrangeiros?

A grande maioria dos desafios não surgem inicialmente após a chegada dos trabalhadores, porque neste período de adaptação, a primeira preocupação para estes trabalhadores imigrantes é se sentirem acolhidos e cada um ganhar o seu espaço e individualidade dentro dos grupos. 

É muita informação e novidade a acontecer. Só passados os três primeiros meses, habitualmente, é que começam a surgir algumas dúvidas e os primeiros desafios.

São desafios que surge tanto às empresas como aos grupos de trabalhadores?

Verdade e são variados, começaria pela comunicação, a adaptabilidade à nova cultura, a alimentação, as compras alimentares, os horários das refeições, a convivência com outros cidadãos estrangeiros e portugueses, as regras internas das empresas, os conceitos de higiene e a organização dos espaços comuns. Todos os desafios são extremamente importantes para nós, porque são eles que nos dão as informações  necessárias para nós criarmos metodologias reais e ajustadas como formações e sessões de escuta ativa e esclarecimento, bem como, novas estratégias para a adaptação e monotorização das nossas comunidades de trabalhadores, tendo em  vista, sempre, uma melhoria continua, que se reflete em  melhores condições de trabalho, melhores condições de alojamento e inserção social, e  em ambientes de trabalho mais felizes, integrados e produtivos.

E acredita que a experiência da equipa da RCC Portugal seja crucial nestes desafios?

Isto só é possível com uma equipa multidisciplinar de profissionais e tradutores, como nós dispomos. A nossa experiência é muito importante, mas a eficiência com que nós encontramos soluções eficazes num curto espaço de tempo, para os nossos clientes e para os trabalhadores, eu diria que é a nossa grande distinção nesta área.