A edição de 2021 do Building the Future terá um formato 100% digital e decorre num contexto em que é essencial inspirar a sociedade e as empresas, com pessoas, ideias e exemplos inovadores que podem ajudar na tão necessária recuperação económica.

Serão três dias de evento, com mais de 200 oradores nacionais e internacionais que vão refletir sobre o impacto da situação atual, estimular a promoção, a aceleração do conhecimento e da tecnologia.

Paula Panarra, Diretora-geral da Microsoft Portugal, conta o que vai acontecer nesta edição que promete ser muito interativa.

Qual o papel que o Building The Future: Ativar Portugal 2021 pode desempenhar neste contexto?

Nunca foi tão relevante a realização do evento Building the Future. Estamos num momento em que sentimos ser urgente abordar os temas inerentes à recuperação económica, tão necessária neste momento, assim como ajudar as organizações e a sociedade a re-imaginar um melhor futuro para o nosso país. Assim, iremos levar ao evento temas que nos permitam refletir sobre o impacto da situação atual, estimular a promoção, a aceleração do conhecimento e repensar como a tecnologia pode assumir o papel de enabler para o reposicionamento de uma economia que é cada vez mais global.

Assim, iremos debater grandes tópicos como a Sustentabilidade, Trust, Data, Skilling e Educação. Teremos painéis e sessões de debate focados na importância dos dados para a reinvenção dos negócios, alguns painéis específicos de indústrias específicas, na segurança e confiança na transição digital, na qualificação e requalificação que a atual economia digital nos exige e de como podemos reinventar e re-imaginar a experiência da aprendizagem e do ensino.

Que oradores vão estar em destaque? Com um evento 100% Digital foi mais fácil trazer oradores que de outra forma seria uma impossibilidade? 

A digitalização da experiência do Building the Future foi, sem dúvida, uma grande oportunidade para trazermos speakers de qualidade internacional excecional que, de outra forma, teríamos menos acesso. Este nível de oradores que trazemos têm agendas muito complicadas e, estando do outro lado do mundo nem sempre é fácil viajar para Portugal para fazer uma key note de 20 minutos.

Assim, reunimos mais de 200 oradores nacionais e internacionais, dos quais destacaríamos nomes como:

  • Tupac Martir, fundador e diretor criativo do estúdio Satore, conhecido pelos seus projetos que abrangem a tecnologia nas indústrias da moda, arte e música;
  • Aubrey de Grey, investigador na área do envelhecimento e Chief Science Officer da Sens Research Foundation;
  • Pascal Finette, cofundador da be radical e Singularity University’s Chair for Entrepreneurship & Open Innovation;
  • Gonzalo Muñoz Abogabir, cofundador da TriCiclos que foi Nomeado pela presidência chilena e Nações Unidas para mobilizar ação climática a nível mundial
  • José Neves, CEO da Farfetch & Founder da Fundação José Neves.

Teremos também muitos speakers da Microsoft, dos quais destacamos:

  • Julia White, Corporate VP da Microsoft, que irá falar sobre ” Data-Drive Digital Transformation”;
  • Anthony Salcito, VP da Worldwide Education da Microsoft, que irá debater o tema “Empowering Learning Anytime, Anywhere”.
  • Charles Lamanna, VP Low Code  Application Platform at Microsoft, sobre a democratizaçao da programação
José Neves, CEO da Farfetch & Founder da Fundação José Neves

Esse novo formato 100% digital é garante de maior participação? Como vão assegurar que objetivos tão importantes como o networking?

Quando decidimos digitalizar a experiência do Building the Future, quisemos re-imaginar a experiência do evento. Na versão presencial, estávamos circunscritos a um espaço físico, com um número limite de pessoas. Na edição deste ano deixámos de estar limitados ao espaço e ao local, e assim esperamos ter 20 mil participantes. O envolvimento, a experiência digital e o acesso ao conteúdo foi desenhado para que tenham a oportunidade de ter ainda melhor acesso ao conhecimento que será disponibilizado.

O evento irá decorrer numa plataforma de MatchMaking, apoiada em inteligência artificial, que potencia uma crescente customização da experiência ao longo dos três dias. Os participantes irão, assim, receber recomendações das sessões que mais se adequam aos seus perfis, assim como ter recomendações para interagir com outros participantes, através de chat que permite trocar mensagens, agendar calls e enviar meeting requests. Sem dúvida, a melhor e única forma e fazer networking em tempos de confinamento.

São três dias de evento, sendo um deles dedicado em exclusivo à educação quer destacar alguma iniciativa dirigida a estudantes ou a recém-licenciados? (Job Pitch Challenge)

Este ano teremos a segunda edição do Job Pitch Challenge, uma das atividades com maior impacto no Building the Future, que possibilita o acesso direto de estudantes e recém-licenciados a CEO’s e Top managers das maiores empresas em Portugal. Este ano, será realizada em formato digital, na qual os candidatos selecionados terão 10 minutos para impressionar líderes empresariais e os vencedores terão oportunidade de passar um dia com o CEO, acesso a programas de estágios e open days.

Além da Microsoft, teremos muitas organizações a participar nesta iniciativa, nomeadamente a Claranet, DXC, L’óréal, Unipartner, Vodafone, Axians, Capgemini, Everis, ESPAP, Grupo Pestana, Avanade, Gelpeixe, NOS, Crédito Agrícola, Worten, Unicre, Banco Montepio, Yubuy, Novo Banco, Grupo Nabeiro, EY e Fidelidade. Em 2020, recebemos mais de 500 candidaturas, das quais realizámos 400 entrevistas com 35 CEO’s e 150 Top Managers. Acreditamos que o Job Pitch Challenge será, uma vez mais, um excelente momento para aproximar jovens e empresas com grande potencial de colaboração e abrir caminho para futuras oportunidades.

Eu lá estarei e estou muito entusiasmada por voltar a ter a oportunidade de falar com aqueles que podem ser os líderes de amanhã.

Pascal Finette, cofundador da be radical e Singularity University’s Chair for Entrepreneurship & Open Innovation
Tupac Martir, fundador e diretor criativo do estúdio Satore

Também no Edu Day teremos um painel que abordará a questão da literacia financeira e da segurança cibernética, onde participam duas autoras portuguesas que atravessam gerações, e que acabam de publicar o livro “Talvez uma APP”.  É importante sensibilizar os jovens para a importância digital, mas também para os riscos que lhes estão associados?

Queremos inspirar os decisores, professores, estudantes e encarregados de educação com conteúdos que nos permitam reinventar e re-imaginar a experiência da aprendizagem e do ensino. Dentro desta temática abordaremos também as questões da cibersegurança na Educação dos jovens. Numa altura em que as pessoas estão cada vez mais conectadas, nomeadamente os jovens – com o crescente cenário do ensino à distância – é essencial refletirmos sobre o que está a ser feito para proteger a comunidade educativa. Por isso, iremos abordar desde as questões aparentemente mais simples, como a forma como pais e alunos comunicam nesta nova realidade, mas também mais complexas, por exemplo a privacidade de dados nas gravações de aulas, por exemplo.

 

Vamos na terceira edição, o que nos traz de novo em 2021? Como pretendem impactar a sociedade e alimentar o ecossistema das empresas?

Uma das grandes novidades é a própria digitalização da experiência do evento e a abordagem à recuperação económica e da re-imaginação do futuro, temas que são fulcrais neste momento para as organizações e a Sociedade. Queremos ajudar as empresas a refletirem sobre os seus caminhos de digitalização para que possam, de uma forma mais ágil e célere, recuperar desta recessão económica e repensar na forma como executam os seus processos, operações e até produtos e serviços.

Teremos sessões bastante disruptivas, como “Age is just a Number”, em que iremos reunir jovens portugueses com menos 30 anos para falarem dos seus projetos tecnológicos inovadores; também lançámos o NOS Startup World, um programa dedicado ao empreendedorismo nacional que reunirá cerca de 50 startups, o programa Altice Smart Cities, que abordará o impacto da inovação nas cidades inteligentes e ainda as Fidelidade WellBeing Sessions, que irão ajudar os participantes a equilibrar a exposição digital entre as conferências, através de atividades de mindfulness, yoga e stretching.

Acreditamos que este é o momento certo para trazermos estes temas tão relevantes para destaque no evento deste ano. Ainda há um longo caminho a percorrer na transformação digital, mas cabe-nos a nós acelerá-lo na sociedade e economia portuguesas. As pessoas irão trabalhar de formas diferentes, os consumidores terão comportamentos distintos e as empresas terão que se reinventar e, em muitos casos, aproveitar as oportunidades do digital que serão cada vez mais globais.

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